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Empresa Luziense já é a oitava maior do setor em Minas Gerais


Indústria em Santa Luzia, na região metropolitana de BH, tem capacidade instalada de 600 toneladas por mês

Os irmãos Welerson e Vagner Morais trabalharam muitos anos como vendedores de café de uma empresa que era líder em Minas Gerais. “Eram os dois maiores vendedores da região metropolitana de BH”, lembra-se Walter Morais, filho de Welerson. Mas, quando a empresa onde Welerson e Vagner trabalhavam foi comprada por uma multinacional, os irmãos resolveram arriscar-se no empreendedorismo, abrindo o próprio negócio em 2002: o Café Dom Pedro.

A experiência de venda e o conhecimento do mercado foram determinantes para a ascensão do Café Dom Pedro, que teve uma venda inicial de aproximadamente 40 mil quilos de café. Atualmente, a indústria, instalada em Santa Luzia, na região metropolitana de BH, tem capacidade para produzir 600 toneladas por mês. No momento, a ocupação é de 50%. “Temos capacidade para dobrar nossas vendas com tranquilidade”, calcula.

“Ocupamos a posição de oitava maior indústria de café de Minas Gerais no ranking da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), das cem maiores indústrias do país. Para se ter uma noção da nossa evolução, em nível nacional, ocupávamos a posição 86 nesse mesmo ranking no ano de 2008. Em 2018 estamos na posição 45 (no ranking Brasil)”, comemora Walter Morais.

Cuidando das áreas administrativa e industrial junto com o primo Fabiano Morais, Walter admite que o início não foi fácil para os dois. “Nenhum de nós dois tinha experiência no setor industrial: tomamos algumas pancadas para aprender algumas coisas, mas isso foi bom, pois essas dificuldades nos deram conhecimento de gestão industrial”, admite.

Diversificação 

Atualmente, são 12 tipos de produtos no portfólio. Além do café torrado e moído, Walter conta que tem cafés gourmet, em cápsula, instantâneos, além de filtro para coar. “Mas nosso carro-chefe são os cafés torrados e moídos, com as marcas Dom Pedro e Super Minas”, explica.

Tanta variedade assim tem um motivo principal: atender bem as necessidades dos consumidores e manter os produtos atualizados com as novas tendências. “Claro que um mix de produtos diversificados pode trazer mais rentabilidade e diluir algumas despesas, mas não adianta querer diversificar sem que exista uma demanda real pelo produto”, ensina.

O Café Dom Pedro está instalado numa área de 7.000 metros quadrados, onde estão localizados a indústria, os escritórios e o pátio logístico. A produção é automatizada. “Esse é um dos nossos diferenciais. Possuímos o que há de melhor em tecnologia de produção industrial de café”, informa.

Com a geração de 80 empregos diretos, Walter conta que pretende fazer novas contratações, assim como conquistar novos mercados. “Nosso objetivo principal é expandir em Minas Gerais, entrar em cidades e regiões em que ainda não atuamos”, conclui o executivo.

Marca está nas principais redes

O diretor do Café Dom Pedro, Walter Morais, conta que a atuação envolve a região metropolitana de Belo Horizonte e cidades dentro de um raio de 150 km da capital mineira. “Além de estarmos nas principais redes de supermercado e atacado, atuamos muito forte nos pequenos, médios e grandes varejos de bairro”, enumera.

Diante do fraco desempenho da economia, Walter explica que o desafio é tentar transformar a crise em oportunidade oferecendo produtos com bom custo-benefício. “O volume de venda no setor alimentício é pouco afetado por crises na economia. O consumidor passa a procurar melhores preços e experimentar novas marcas, mas não deixa de comprar”, explica.

Abrangência 

Com atuação na industrialização e comercialização do café, sem plantações do produto, Walter admite que competir num mercado repleto de marcas é muito difícil. “Nosso mercado sempre teve muita concorrência, até porque Minas Gerais é um polo produtor de café. Só sobrevive quem está disposto a melhorar seus produtos e serviços de forma contínua”, afirma.

Sobre a venda no mercado externo, o executivo informa que já foram feitas algumas exportações esporádicas. “Mas, sinceramente, não é o nosso foco. Temos um mercado gigantesco para explorar aqui, no nosso país”, diz.

Fonte: O Tempo

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